Publicado por Redação em Notícias, Discipulado - 30/08/2018 às 09:14:08

Uma Igreja relevante no discipulado

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Foto: Ben White | Unsplash

Podemos perceber em alguns cenários de formação da liderança cristã um anseio obcecado por métodos de discipulado eficazes a fim de alcançar uma igreja multiplicadora. Essas estratégias são importantes e verdadeiras, mas não darão resultados sozinhas, senão por meio de uma vida íntima e pessoal com Deus.

Observando as Escrituras, fica evidente que a vida íntima de Jesus com o Pai era transbordante e se tornou um diferencial em toda a sua caminhada, atraindo multidões que percebiam um caráter coerente e experimentado. De modo prático, o mundo precisa hoje de discipuladores/as que inspiram por aquilo que verdadeiramente são, e não por aquilo que são capazes de fazer ou dizer. “[…] Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (Fp 3.17); ter a consciência de que o discipulado exige mais do que retórica; exige testemunho. Paulo, seguindo os passos de Jesus, se oferece como um padrão, vivendo de forma radical e aprovada aquilo que pregava, e com isso, alcançou um ministério brilhante e eficaz.
A seguir queremos destacar alguns pontos para que uma igreja seja relevante no discipulado. Existem inúmeros desafios que cercam a vida da igreja, e, principalmente, quando desejamos motivá-la a viver a grande comissão de Mateus 28. Dessa forma, compartilhamos:

1 - A necessidade de o/a pastor/a internalizar e vivenciar o discipulado, tornando sua vida uma fonte de autoridade ante o rebanho, tanto na vivência, como no ensino. Será necessário que o/a pastor/a trace um projeto de curto, médio e longo prazo, conquistando autoridade e desenvolvendo uma liderança serva que inspire os/as discípulos/as a segui-lo/a. Discipulado é transmitir vida! Discipulado é exemplo!

2 - Lançando mão da prática. No dia a dia, o/a pastor/a deve liderar o processo de discipulado dentro da igreja local. Primeiro, usando das etapas que Jesus utilizou. Como Jesus ensinou aos seus discípulos? Dando o exemplo bem prático. Jesus chamou os doze a fim de estarem com ele (Mc 3.14). O que eles viram durante os anos em que andaram com Jesus não lhes poderia ter sido comunicado apenas por meio de um discurso. As curas e milagres, o tempo investido na oração, as conversas espontâneas com Ele, suas atitudes. Tudo isso se tornou um modelo a ser seguido (Jo 13.15).

Além disso, é importante que o/a pastor/a proporcione um tempo dedicado às experiências em comum. Ao chamar um grupo para andar consigo, Jesus proporcionou que os discípulos aprendessem não apenas por meio de observá-Lo, mas também por observar as atitudes dos que compunham o grupo. O/a discipulador/a deve saber que os membros da célula vão impactar um/a discípulo/a novo/a. Às vezes, essa interação pode ser muito significativa. E também terá a necessidade de haver aprendizado mútuo.

Algumas vezes, Jesus intencionalmente fazia os discípulos discutirem entre si algum assunto para chegarem a suas próprias conclusões antes que Ele mesmo se pronunciasse sobre aquilo (Mt 16.13-15).

3 - Trabalhar a igreja para viver o ir e fazer discípulos. Isso parte da premissa que uma igreja que não tenha uma visão missionária não conseguirá romper no discipulado. Uma igreja com uma visão global de missões se volta para a comunidade em que está inserida e deseja ser relevante ali. Será necessário sair das quatro paredes e ir em direção à visão de multiplicação, alcançando pes­soas e suas necessidades.

A Igreja é uma agente de transformação e formação genuína, altamente embasada por Deus, o que cabe a ela é se apropriar das ferramentas e desígnios de Deus, para que com muita autoridade alcance o mundo com o mesmo Amor com que a capturou. Que a noiva de Cristo seja levantada de forma profética para ganhar e fazer discípulos/as de todas as nações! Que sejamos uma igreja que faz diferença! 

Pra. Carla Alves Rosa | Igreja Metodista 7ª Região
Publicado originalmente na edição de setembro de 2018 do Jornal Expositor Cristão impresso


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