Publicado por Redação em Notícias, Internacional, Missão - 08/08/2018 às 12:22:36
Testemunho da missão em Cambine
Foto: João Silas | Unsplash
A siku ni siko li psa lona (cada dia tem sua história) - Canção popular changane
Este é o terceiro relatório a completar o terceiro mês de nossa chegada à missão. Iniciamos o recesso entre semestres no seminário. Na universidade, com o calendário diferente, tem este recesso às vésperas do regresso daquele. Apesar das diferenças de cronograma, podemos aproveitar um período a mais de descanso e preparação para o semestre vindouro. Com relação ao trabalho teológico, nossa percepção aponta para uma semelhança acadêmica com o Brasil. Cremos que este fato se dê como fruto de uma parceria de longa data entre os seminários, em que ambos estão comprometidos com um fazer teológico que tenha na igreja seu ponto de partida e chegada. Boas raízes wesleyanas de uma teologia voltada para a prática! A maior diferença está na estrutura. Aqui os recursos e principalmente os materiais bibliográficos são escassos comparados com o Brasil.
Da mesma forma, podemos pontuar com relação à cultura. A língua e a tradição metodista são certamente fatores determinantes para esta aproximação. E numa segunda comparação podemos dizer que a situação se inverte. Pois, além do português, o Xitswa que é a língua local aqui em Cambine, mas também o Changana, o Ronga, o Chope, entre muitas outras línguas faladas em território moçambicano, revelam o quanto o Brasil é pobre em termos linguísticos.
O recesso acadêmico nos permitiu ir à capital Maputo. Fomos e voltamos junto com o diretor da universidade, professor Júlio Vilanculos, na mesma época em que este tinha uma reunião acadêmica, o que nos permitiu conhecer a sede da igreja metodista, bem como a equipe gestora, que de uma forma muito solícita nos apresentou as dependências da universidade e ainda disponibilizou o motorista da sede para nos levar a alguns centros comerciais.
Aproveitamos esse tempo de recesso para realizar reparos diversos na parte elétrica do quintal da casa, que não estava em ordem, assim como do fogão misto (a gás com o forno elétrico), também muito comum por aqui. Instalamos um purificador de água e uma cobertura para a lateral da casa, onde o sol se faz em plena força na parte da tarde.
Por fim, estamos somando esforços com a igreja local em seu projeto de construção de um banheiro para a creche da comunidade, a qual tem cerca de vinte crianças em seus primeiros anos de vida que usam essas dependências de segunda a sexta, pela manhã e à tarde, e precisam ser conduzidas pelas professoras ao banheiro da igreja pela falta deste no seu próprio espaço. Estamos muito felizes por, de alguma forma, colaborar com este projeto, e por sentir a boa mão do Senhor nos abençoando e conduzindo em todas as coisas! E como diz a canção changane, que cada dia tenha sua história, e seja, de fato, uma história de Deus para cada um/a de nós!
O testemunho completo você confere abaixo.
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Pr. Ailton Machado | Missionário em Cambine, África
Publicado originalmente na edição de agosto de 2018 do Jornal Expositor Cristão impresso