Publicado por José Geraldo Magalhães Jr. em Notícias, Notícia, Educação, Atualidade, Conscientização, Eventos - 04/06/2019 às 14:27:20

Pastora metodista participa de evento na Faculdade de Direito da USP

No dia 14 de maio a Pastora Margarida Ribeiro participou do Simpósio de Estudos em Homenagem ao professor Kabengele Munanga, na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no Centro de São Paulo. O tributo ao docente é pela luta contra todas as formas de discriminação racial, que ele vem combatendo no decorrer de sua trajetória de vida e profissional. 

Logo após a homenagem foi lançado o livro estudos feministas: Por um direito menos machista. A programação, que iniciou no dia 13, contemplou ainda debates sobre teoria crítica racial e direitos humanos; educação e inclusão social e o protagonismo feminino nas religiões, com participação da pastora metodista, que também é docente na Faculdade de Teo­logia. Ela explicou a importância de discutir o assunto em espaço público.

“Creio que o espaço público proporciona a partilha compartilhada, como a trajetória das mulheres, no caso a trajetória das mulheres no metodismo e o movimento wesleyano. Nesse rápido momento, tivemos a oportunidade de partilhar um pouco mais a luta, no que diz respeito aos direitos da mulheres e visibilidade delas na Igreja, além da histórica construída com dignidade de muitas mulheres”, disse a pastora.

Quem também participou do evento como palestrante no dia 14 foi a teóloga católica e feminista Ivone Gebara. Com 74 anos, é uma freira incomum. Para começar, ela se considera, e com orgulho, uma feminista; e isso inclui questionar os próprios dogmas da Igreja Católica. Gebara trabalha para que sua religião, o cristianismo, não mais promova o apagamento e a submissão das mulheres. 

“É importante pensarmos que a Igreja não existe sem as mulheres, embora elas não tenham exercido o protagonismo no poder público da representação das igrejas; agora sim, é bastante recente em algumas igrejas protestantes”, disse Gebara destacando o avanço das mulheres e o retrocesso da instituição em nosso tempo. “Existe um avanço em relação às mulheres, porém um recuo da instituição. As mulheres correm até o risco de serem expulsas da instituição porque os avanços que elas propõem se chocam com um poder patriarcal, se chocam com o contexto atual do mundo”, disse.

Uma das coordenadoras do Simpósio, Eunice de Jesus Prudente, destacou a participação e representatividade da Igreja Metodista no evento. “A Igreja Metodista, que já nos convidou muitas vezes para discutir esse assunto, é agora nossa convidada porque faz parte do Simpósio discutir o protagonismo das mulheres nas religiões. Ficamos muito felizes com a presença na Professora Margarida Ribeiro, que veio falar sobre a Igreja Metodista aqui na faculdade de Direito da USP”, finalizou.

Pr. José Geraldo Magalhães

Publicado originalmente na edição de junho de 2019


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