Publicado por Redação em Metodismo, Notícia, Eventos - 15/05/2017 às 11:40:39

O avanço missionário na 3ª Região Eclesiástica

42º Concílio Regional da 3ª Região Eclesiástica
42º Concílio Regional da 3ª Região Eclesiástica



Ser missionário/a é uma questão essencial para a vida da Igreja e de seus membros. O Plano Regional de Ação Missionária 2016-2017 aponta que a Igreja Metodista na 3ª Região Eclesiástica tem a seguinte missão: “Testemunhar o Evangelho (evangelizar) a partir da Missão Integral. Em todas as oportunidades confrontar pessoas com o Evangelho de Cristo e desafiá-las a aceitar a salvação oferecida pela graça do Pai.

Sempre procurar meios de envolvê-las na comunidade de fé, a fim de nutri-las e fortalecê-las na fé. Na medida do possível, como exercício da fé, levá-las a vivenciar os dons e ministérios, experimentando a plenitude da vida cristã”. Para entender um pouco dessa missão e os avanços missionários vividos durante os anos, proponho que você, leitor e leitora, entenda também um pouco sobre a caminhada da região e alguns de seus principais momentos.

No princípio, 3ª e 5ª Regiões Eclesiásticas eram uma só, chamada de Região Eclesiástica do Centro. No 7º Concílio Geral, realizado em 1955, foi aprovada a proposta de uma nova divisão e, a partir das três Re­giões Eclesiásticas existentes (Região do Norte, Região do Centro e Região do Sul), surgiu uma nova divisão geográfica, missionária e administrativa, passando de três para cinco o número de Regiões.

Inicialmente, a 3ª Região Eclesiástica abrangia os distritos da Liberdade, Luz, suburbano de São Paulo e do Vale do Paraíba. Em janeiro de 1957, realiza-se o 1º Concílio Regional da 3ª Região Eclesiástica e, ao verificar-se a primeira nomeação pastoral, contempla-se uma subdivisão da região em Distritos Eclesiásticos com configuração diferente da original, constituída com a 3ª Região: Central em São Paulo, Tucuruvi, Penha, Santo Amaro, Rudge Ramos e Vale do Paraíba. Segundo as estatísticas da época, a 3ª Região era composta por 4 distritos eclesiásticos, 8.010 membros, 21 ministros ativos, 13 inativos e 45 provisionados.

Nas igrejas locais e também nos campos missionários, a Escola Dominical era o fator mais determinante do crescimento e da implantação das igrejas. Em 1960, as estatísticas apontaram 6 distritos, 54 paróquias, 69 igrejas, 43 congregações, 8.737 membros, 27 ministros ativos, 12 inativos e 42 provisionados.

A partir de 1970, inicia-se um período em que as modificações da configuração da Igreja começam a se instalar. A primeira mudança básica é encontrada na eleição episcopal que passa a ser realizada nas regiões, seguindo os critérios anteriores para avaliar e eleger. É nesse momento que é eleito como Bispo o Pastor Alípio da Silva Lavoura, e o seu período episcopal vai de 1971 a 1977.

A Igreja continua a ter duas ordens: clerical (presbítero) e diaconal (laicato). As paróquias deixam de existir, instalando-se a igreja local como prioridade essencial. Os distritos eclesiásticos ainda continuam na área regional, surgindo o Conselho Regional e o Conselho Geral. Inicia-se no Brasil um período de planejamento e programação mais efetivos, surgindo o primeiro Plano Quadrienal – Missão e Ministério (1974), o Segundo Plano (1978), culminando com o Plano para a Vida e a Missão (1982). Como uma adequação a esse crescimento teológico, filosófico, metodológico e estrutural, surge o programa “Dons e Ministérios”, buscando caracterizar a Igreja no contexto do sacerdócio universal, sem a estrutura de cargos e poderes, estabelecendo a Igreja a partir dos dons dados pelo Espírito Santo.

O contexto religioso existente em São Paulo, fruto de uma efervescência de igrejas e grupos religiosos e suas tendências, atinge a Igreja Metodista de todas as formas. Nesses últimos 30 anos, houve uma convulsão religiosa. De tendência mais tradicional e institucional, a Igreja Metodista passa a ser confrontada pelos movimentos surgidos, como o social, o da libertação, o ecumênico, o pentecostal, o carismático, o institucional, o liberal, etc. É verdade que a Igreja Metodista e o movimento wesleyano têm sido reconhecidos e valorizados como algo de importância vital para o Corpo de Cristo. Em todos os posicionamentos teológicos e institucionais, há a presença e a marca metodista ou wesleyana.

Camila de Abreu | Assessora de Comunicação 3ª RE
Publicado originalmente no Jornal Expositor Cristão impresso de maio/2017

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