Publicado por Redação em Entrevista - 02/05/2016 às 14:22:12
Missionário metodista na África precisa de doações de Bíblias
O pastor Paulo Cunha, que está há pouco mais de um ano como missionário da Igreja Metodista em Moçambique, relata as experiências vivenciadas como professor do Seminário Teológico da Igreja Metodista Unida em Cambine, cidade localizada a 500 quilômetros de Maputo, capital do país. Um dos maiores desafios apresentados pelo missionário é lidar com a falta de Bíblias para ensinar às crianças. Confira a entrevista abaixo.
Como e quando o senhor iniciou seu ministério pastoral?
Eu e minha família tivemos uma experiência de cura através de irmãos/ãs da Metodista de Mandaguari/PR, em 1991. Isso nos levou a caminhar com Jesus. Em 1994 fui estudar no seminário teológico da Sexta Região Eclesiástica (CEMETRE) com a intenção de ser professor da escola dominical. No ano de 1998 iniciei os estudos na Faculdade de Teologia. Naquele mesmo ano, fui nomeado para a Igreja Metodista em Cubatão como pastor acadêmico.
Moçambique estava nos planos? Por quê?
Servir a Deus sempre esteve nos planos, não importando o lugar! Como professor de escola dominical e planejando ser professor universitário, eu e minha esposa cursamos pedagogia, nos formamos em 1996. No ano de 2000, o Expositor Cristão publicou uma matéria sobre o processo seletivo para envio de um/a pastor/a para a África; a vaga aberta era para ser professor/a de teologia, porém um dos requisitos era ter no mínimo dez anos como presbítero/a. Só pude me candidatar novamente em 2014, quando saiu um novo edital. Em 2015 eu e minha família fomos enviados.
Qual o maior desafio de vocês hoje?
Prover Bíblias para as pessoas que estão aceitando a Cristo. A cada dez moçambicanos/as que evangelizamos apenas dois/duas têm Bíblia. O custo de uma Bíblia em Moçambique é elevado para o povo, que precisa priorizar a alimentação. Outro desafio são os muitos idiomas que o país tem, a dificuldade de comunicação com pessoas que não falam o português é grande. Conviver com o risco de pegar malária é algo muito forte, temos tomado os cuidados necessários com o uso de repelente, tela mosquisteira e evitando ao máximo sair à noite, mas às vezes isso não é suficiente. Existem muitos/as amigos/as e alunos/as com malária que estão em tratamento, essa é uma realidade e um grande desafio.
Como as pessoas podem ajudar?
Depois de um ano em Moçambique percebemos que temos que ir além de ensinar a “pescar”, temos que ensinar a “fazer a vara” também. Com essa necessidade, ao voltar ao Brasil no final de 2015, convidei profissionais liberais nas mais diversas áreas para vir fazer missão em Moçambique. A ideia era para os/as voluntários/as compartilharem o que sabem com o povo de Moçambique. Caso queiram vir fazer missão, podemos desenvolver projetos que possam sinalizar o amor de Jesus Cristo por meio de ações que podem mudar essa nação.
Qual é a estrutura missionária de onde vocês estão?
Estamos em uma missão da Metodista Unida, situada na província de Inhambane, a 30 quilômetros da cidade de Maxixe, em meio aos coqueirais, com um miniposto de saúde, um orfanato com 70 crianças, um internato com 150 meninas e 150 meninos. Temos uma escola para mil alunos/as, um seminário teológico com 21 estudantes, uma casa de hospedagem para 18 missionários/as e uma escola técnica de marcenaria e agropecuária para 250 jovens. Nessa estrutura é possível desenvolver vários projetos missionários para abençoar esta nação; o solo é propício e o coração é terra fértil.
Para fazer contato com o pastor: paulocunhacunha96@gmail.com ou Facebook: Paulo R.CunhaCunha
Escrito por: José Geraldo Magalhães