Publicado por José Geraldo Magalhães Jr. em CMI, Eventos, Internacional, Notícia, Notícias - 30/09/2019 às 10:23:15

Brasileira integrante da comissão ECHOS participa de reunião na Coreia do Sul

Peregrinação por paz e reconciliação no DMZ (área de desmilitarização). Foto Equipe de Comunicação CMI/WWC

Larissa Garcia | Membro da Comissão ECHOS | Coréia do Sul

O Concílio Mundial de Igrejas (CMI), do qual a Igreja Metodista no Brasil faz parte, tem focos de oração anual. Este ano estamos em oração pela região da Ásia. Por essa razão, a comissão ECHOS decidiu se reunir em um país do leste asiático: a Coreia do Sul. O país recebeu dois eventos consecutivos – uma peregrinação por paz e justiça, com um tema especial de reconciliação, de 6 a 12 de agosto; e a reunião da comissão, de 13 a 15 de agosto. A peregrinação foi especial por ter sido a primeira a ser organizada por e para jovens. 

Nós, da comissão, nos juntamos aos/às peregrinos/as no dia 9, em Nogum Ri, onde participamos de workshops a respeito dos acontecimentos político-sociais de países-chave do leste da Ásia, assim como compartilhamos visões de Paz e de Justiça dos pontos de vista internacionais representados pelos membros da ECHOS.

No dia seguinte, 10 de agosto, tivemos a oportunidade de viver a história coreana ao irmos à zona de desmilitarização, em Paju – área que delimita a fronteira entre as duas Coreias. Nosso guia, com mais de setenta anos e um inglês com sotaque carregado, pedia orações pela unificação dos países.

Outra parte importante da peregrinação ocorreu no dia 11, quando peregrinos/as e membros da ECHOS participaram do culto ecumênico em prol da reconciliação Japão/Coreia e reunificação das Coreias do Sul e do Norte, que aconteceu em Seul. 

Esses dias foram de aprendizado e conscientização. Falamos sempre que temos todas as informações nas pontas dos dedos; dificilmente procuramos nos informar sobre coisas que não nos afetam de imediato. Quando cheguei ao aeroporto em Seul, me senti analfabeta, pois não sei ler Hangul (a letra coreana); quando aprendi sobre as situações de Hong Kong, Taiwan, Filipinas e o conflito atual Japão/Coreia, me senti ignorante. Eu estava literalmente do outro lado do mundo, mas era como se não vivêssemos no mesmo planeta.

A transição da peregrinação para os dias de reunião da comissão foi marcada pela despedida dos/as peregrinos/as, que voltaram para seus países ou cidades de origem.

Os três dias de sessões da ECHOS tiveram como pauta os relatórios do trabalho dos membros desde nosso último encontro, em 2017, uma revisão do estatuto da comissão – na qual praticamente reescrevemos o documento, para melhor compreensão e definição dos trabalhos da comissão; e demos início ao planejamento da pré-assembleia de juventude, que antecede a 11ª Assembleia Geral do Concílio Mundial de Igrejas, em 2021.

Apesar de a comissão exercer seu mandato até a data da Assembleia, esse foi nosso último encontro como comissão plena. Continuaremos trabalhando via internet até a pré-assembleia.

Por fim, terminamos nossos trabalhos numa quinta-feira, todos/as vestidos/as de preto em função da campanha “Thursdays in black”, traduzido pela Confederação Metodista de Mulheres para Quinta-feira de preto. É sempre bom lembrar que não estamos sozinhos/as e que no mundo todo há pessoas lutando por ideais e esperanças! 

Publicado originalmente na edição de outubro de 2019 do jornal Expositor Cristão 

*Reprodução parcial ou integral deste conteúdo autorizado desde que seja citado a fonte conforme abaixo:

[Nome do repórter], Expositor Cristão (Edição outubro de 2019)


Tags: cmi, echos, coreia-do-sul


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