Publicado por Redação em Notícia - 23/01/2025 às 16:27:39
Adoração: estilo de vida
Adoração cúltica e pública, através da música, dança, teatro e todas as manifestações artísticas na
igreja, deve refletir o que fazemos em nossa vida diária
Apocalipse 15:3-4 (ARA): “E entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! [4] Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos”.
Que linda cena e importante momento, de uma visão do Apóstolo João, isolado na ilha árida de Patmos, onde ele escreve sobre um dos aspectos escatológicos extremamente importantes para nós, cristãos.
O que faremos pela eternidade?
Nosso foco de vida deve ser buscar viver este momento desde já, “ensaiando” para quando voltarmos para nossa pátria celestial (Hb 13:14).
Jesus nos ensina, em sua conversa junto à mulher samaritana (Jo 4), no único momento que ele fala especificamente sobre o que é adoração, que o foco específico não é um lugar, não é forma, não é inclusive música, mas sim primeiramente a alguém, o Pai (Jo 4:23), e também a forma, em espírito e em verdade.
Shedd (1987), em seu livro Adoração Bíblica, traz uma linda reflexão sobre este texto: “No contexto em que Jesus instrui a mulher de Samaria, acerca da verdadeira adoração, Ele declara que a água que Ele daria ao sedento, seria nele uma fonte a jorrar para a vida eterna (Jo 4:14). A fonte se abre no novo nascimento (Jo 3:5), jorra em adoração (Jo 4:14) e flui em rios de água viva em serviço obediente (Jo 7:37,39).”
Não há como adorar em espírito se não conhecemos o Pai. Não há como adorarmos em espírito sem conhecermos a verdade. Os dois caminham juntos.
Shedd (1987), corretamente, nos menciona que: “A maneira como uma igreja adora reflete a teologia da comunidade”. Diante disso, como podemos entender a adoração sem uma ênfase bíblica no ensino e no estímulo a se colocar em prática o que aprendemos? Não existe adoração sem a prática constante e corretora da Palavra de Deus em nosso caminhar.
Podemos e devemos ter a adoração cúltica e pública com nossos irmãos, através da música, da dança, do teatro, e de todas as manifestações artísticas que possuímos dentro de nossas igrejas, porém elas devem refletir o que fazemos em nossa vida diária, em nossa casa, em nosso trabalho, em nossa família e por onde estivermos (I Co 10:31).
Como Igreja, precisamos discernir o que temos cantado e pregado em nossos púlpitos para que nosso culto seja completamente focado no Senhor, em adorá-Lo a todo momento, e não utilizarmos este espaço e momento para satisfazer nossos “anseios” cristãos. Nossa adoração não deve estar ligada ao que queremos que Ele faça por nós, mas sim ao tanto que podemos oferecer para e por Ele. Este deve ser o desafio do povo chamado metodista, onde é necessário amar ao Senhor e Adorá-Lo como Ele merece, esperando e ansiando o dia em que todos estaremos juntos com Ele, cantando e exaltando-O por todo o sempre!
Que este ano de 2025 seja para o Louvor da Sua Glória!
No amor de Cristo
Nelson Junker
Coordenador Nacional do Departamento de Música e Arte